Artista multidisciplinar
Carlos Zíngaro, nascido em Lisboa em 1948, é violinista, compositor e músico experimental. Reconhecido como um dos pioneiros na interação em tempo real e na introdução de novas tecnologias na composição em Portugal, ele também se destaca como cenógrafo, artista plástico, pintor, ilustrador e autor de bandas desenhadas.
Aos 4 anos, ingressou na Fundação Musical dos Amigos das Crianças, onde iniciou os seus estudos de violino. Continuou a sua formação em música clássica no Conservatório Nacional de Lisboa e na Escola Superior de Música Sacra, estudando órgão com Antoine Sibertin-Blanc. Aos 13 anos, tornou-se músico profissional ao integrar a Orquestra Universitária de Música de Câmara.
Na década de 60, fundou a banda Plexus, que introduziu o Free Jazz em Portugal. O grupo gravou um disco em 1969, combinando rock, improvisação e música contemporânea. Após ser enviado para Angola durante a guerra colonial, Zíngaro retomou o projeto em 1973, com uma sonoridade influenciada pelo free jazz. Após a Revolução de 1974, colaborou com diversos artistas, incluindo Júlio Pereira, Sérgio Godinho e Zeca Afonso.
Em 1975, concluiu o curso de cenografia na Escola Superior de Teatro de Lisboa, iniciando uma carreira paralela como cenógrafo, trabalhando em figurinos e cenários para peças teatrais. Em 1978, participou do primeiro Encontro de Teatro Instrumental na Universidade Técnica de Wroclaw, na Polónia, onde estudou música electro-acústica. Obteve uma bolsa Fulbright e, em 1979, continuou os seus estudos na Creative Music Foundation, em Nova Iorque.
Desde então, Zíngaro colaborou com renomados músicos improvisadores, como Anthony Braxton, Barre Phillips, Christian Marclay, Evan Parker e outros. A sua trajetória abrange uma ampla variedade de expressões artísticas, consolidando-o como uma figura multifacetada e inovadora na cena musical e artística portuguesa.
Carlos Zíngaro, born in Lisbon in 1948, is a Portuguese violinist, composer and experimental musician. Recognised as one of the pioneers of real-time interaction and the introduction of new technologies in composition in Portugal, he also stands out as a set designer, artist, painter, illustrator and comic book author.
At the age of 4, he joined the Musical Foundation of the Friends of Children, where he began his violin studies. He continued his training in classical music at the Lisbon National Conservatoire and the Escola Superior de Música Sacra, studying organ with Antoine Sibertin-Blanc. At the age of 13, he became a professional musician when he joined the University Chamber Music Orchestra.
In the 1960s, he founded the band Plexus, which introduced free jazz to Portugal. The group recorded an album in 1969, combining rock, improvisation and contemporary music. After being sent to Angola during the colonial war, Zíngaro resumed the project in 1973, with a sound influenced by free jazz. After the 1974 Revolution, he collaborated with various artists, including Júlio Pereira, Sérgio Godinho and Zeca Afonso.
In 1975, he completed a course in set design at the Lisbon Theatre School, starting a parallel career as a set designer, working on costumes and sets for plays. In 1978, he took part in the first Instrumental Theatre Meeting at the Technical University of Wroclaw in Poland, where he studied electro-acoustic music. He obtained a Fulbright scholarship and, in 1979, continued his studies at the Creative Music Foundation in New York.
Since then, Zíngaro has collaborated with renowned improvising musicians such as Anthony Braxton, Barre Phillips, Christian Marclay, Evan Parker and others. His career encompasses a wide variety of artistic expressions, consolidating him as a multifaceted and innovative figure on the Portuguese musical and artistic scene.