O projeto Michael Formanek’s Living Room foi formado no início de 2024 para uma atuação em Lisboa. Rodrigo Amado e João Lencastre estão entre os músicos portugueses mais reconhecidos, sendo também extremamente ativos como líderes e artistas com várias gravações e múltiplos lançamentos em nome próprio. Amado e Lencastre foram dos primeiros músicos com quem Michael Formanek estabeleceu ligação após a sua mudança dos Estados Unidos para Portugal, em maio de 2023. A sintonia entre o trio e a amplitude de expressão musical coletiva está em constante crescimento e evolução, à medida que desenvolvem o seu próprio universo sonoro de improvisação.
Michael Formanek’s Living Room was formed in early 2024 for a club performance in Lisbon. Rodrigo Amado and João Lencastre are among the best known Portuguese musicians, who are also extremely active as leaders and recording artists with many projects and multiple releases under their names. They were also among the first musicians that Michael Formanek connected with following his move from the United States to Portugal in May of 2023.Their rapport as a trio and the range of collective musical expression is constantly growing and evolving as they develop their own improvisational sound world.
Contrabaixo / Doublebass - Michael Formanek
Saxofone / Saxophone - Rodrigo Amado
Bateria / Drums - João Lencastre
Um dos indicadores da criatividade e versatilidade do baixista Michael Formanek é a variedade de músicos distintos de várias gerações com quem ele já trabalhou. Ainda adolescente, nos anos 1970, fez tours com o baterista Tony Williams e o saxofonista Joe Henderson; a partir dos anos 80, tocou longos períodos com Stan Getz, Gerry Mulligan, Fred Hersch e Freddie Hubbard. Como uma referência a essa época, Formanek gravou com o pianista de hardbop Freddie Redd em 2013. O baixista desempenhou um papel crucial na cena criativa do jazz de Nova Iorque desde os anos 90, quando liderou o seu próprio quinteto e tocou no quarteto explosivo Bloodcount de Tim Berne. Atualmente, Formanek faz parte do grupo cooperativo Thumbscrew, com a guitarrista Mary Halvorson e o baterista Tomas Fujiwara, ambos de Brooklyn.Formanek também é compositor e líder de várias formações. Seu principal veículo de gravação e tours internacionais é seu aclamado quarteto com Tim Berne no saxofone alto, Craig Taborn no piano e Gerald Cleaver na bateria, que grava para a ECM; os álbuns *The Rub and Spare Change* (2010) e *Small Places* (2012) receberam entusiásticas críticas de cinco estrelas na revista *Down Beat*. Formanek compõe, e o quarteto interpreta, obras de grande sofisticação rítmica que se desenrolam de forma natural — músicas desafiadoras que os músicos fazem soar como uma expressão lírica e livre. Os seus grupos ocasionais incluem o Ensemble Kolossus, com 18 membros, composto por improvisadores de Nova Iorque com quem ele trabalha regularmente. Outros álbuns de Formanek como líder incluem *Wide Open Spaces*, *Extended Animation* para quinteto, *Low Profile* e *Nature of the Beast* para sete músicos (todos pela Enja), além do álbum solo *Am I Bothering You?* (Screwgun). *Mirage* (Clean Feed) é do trio de improvisação ocasional formado por Formanek, o saxofonista tenor Ellery Eskelin e a guitarrista de pedal steel Susan Alcorn. O álbum de estreia de Thumbscrew foi lançado em 2014 pela Cuneiform Records. Michael Formanek também participou em dezenas de gravações como sideman, com artistas como Dave Ballou, Tim Berne, Jane Ira Bloom, Dave Burrell, Harold Danko, Marty Ehrlich, Tomas Fujiwara, Gary Thomas e Jack Walrath.Como compositor de obras para conjuntos que vão desde duos até orquestras mistas de jazz e música clássica, Michael Formanek recebeu apoio institucional de organizações como Chamber Music America, Mid-Atlantic Arts Foundation, Peabody Conservatory, Maryland State Arts Council e Virginia Center for the Creative Arts. Como educador, Formanek continua a ensinar baixo, composição e improvisação em diversas localidades nos Estados Unidos, bem como internacionalmente.
Rodrigo Amado é uma força indiscutível no universo do jazz moderno. Destacado como um dos grandes nomes da música de improvisação europeia, o saxofonista português figura recorrentemente nas listas de melhores músicos jazz do mundo: em 2023, foi eleito pela prestigiada El Intruso International Critics Poll como o melhor saxofonista tenor, numa lista que contava com músicos como James Brandon Lewis, Charles Lloyd e Ingrid Laubrock. Com uma técnica imaculada e uma expressividade sonora fascinante, Amado é um mestre do saxofone que abraça toda a liberdade que o free jazz e a música de improvisação lhe possibilita. Seja a solo, em trio ou quarteto, Rodrigo Amado destaca-se em todos os contextos e formações. Ativo há quase duas décadas, encabeça Motion Trio, com Miguel Mira e Gabriel Ferrandini, integra o Humanization 4tet, com Luís Lopes, Aaron Gonzalez e Stefan Gonzalez, lidera o muito celebrado This Is Our Language Quartet, com os norte-americanos Joe McPhee, Kent Kessler e Chris Corsano, entre outros projetos.
João Lencastre é um baterista/compositor natural de Lisboa. Começou a tocar bateria com 13 anos e teve o seu primeiro contacto com o Jazz aos 16 quando ingressou na escola do Hot Clube de Portugal onde estudou com Bruno Pedroso. O seu interesse e paixão por todo o tipo de música levou-o a participar em projectos de diferentes áreas musicais que vão desde o Jazz ao Rock, ao Afro Beat, Reggae, Metal, Punk ou Electrónica.
Ao longo de mais de 20 anos enquanto profissional, teve por várias vezes a oportunidade de tocar nos principais festivais e salas do país, tendo tocado também a nível internacional um pouco por todo o mundo, incluindo EUA, República Checa, Inglaterra, Brasil, Alemanha, Polónia, Espanha, Macau, Rússia, Holanda ou Panamá.Tocou e gravou com músicos de renome como David Binney, Bill Carrothers, André Fernandes, Mário Franco, Thomas Morgan, Jacob Sacks, Phil Grenadier, André Matos, Leo Genovese, Rodrigo Amado, Eivind Opsvik, Masa Kamaguchi, Drew, Gress, Benny Lackner, João Paulo Esteves da Silva, Nelson Cascais, Vojtech Prochaska, David Doruzka, Noah Preminger, Rodrigo Pinheiro, Sara Serpa, José Lencastre NAU Quartet, Blasted Mechanism, Tiago Bettencourt, entre muitos outros.
Lencastre tem dez discos editados em seu nome, todos eles muito bem recebidos, não só a nível nacional mas também internacional, destacando-se críticas muito positivas em algumas das mais prestigiadas revistas, jornais e sites da especialidade, incluindo Modern Drummer, Downbeat, Expresso, Jazz Times, Ipslon, Jazz.PT, Jazzwise, All About Jazz, NYC Jazz Record, entre várias outras. Em 2019 foi eleito “músico de jazz do ano” nas escolhas do crítico António Branco para a revista Jazz.ptEm 2022 venceu a categoria de "melhor álbum de jazz" com "Unlimited Dreams”, um prémio atribuído pela Vodafone/Prémios Play, e recebeu o prémio RTP/Festa do Jazz de "músico do ano"."Safe in Your Own World" foi votado para a lista mensal “The best Jazz on Bandcamp" por Dave Summer em outubro de 2022.