Phonospermia

Sonoscopia

Concerto

Nov 10, 2024

16:30

Entrada livre, reservas aqui

Free entry, reservations here

PHOTO REPORT

A ideia de que algo transcendente nos une acompanha-nos permanentemente enquanto espécie. Inevitavelmente, tentamos atribuir significados e explicações para aquilo que vemos, mas também para aquilo que não vemos e desconhecemos. E porque todo o conhecimento científico se circunscreve aos limites de um determinado tempo e espaço, refugiamo-nos muitas vezes na imaginação para construir identidades, folclores e mitologias que podem ter tanto de poético como de literalmente realista ou irrealista. Ainda não sabemos o que nos une, nem a razão pela qual estamos aqui. Talvez se o descobríssemos já não estivéssemos cá e por isso resta-nos apenas a imaginação. E nada mais imaginário e poderoso do que som, essa matéria invisível que nos percorre constantemente e sobre a qual nos unimos.

The idea that something transcendent unites us permanently accompanies us as a species. Inevitably, we try to assign meanings and explanations to what we see, but also to what we don't see and don't know. And because all scientific knowledge is limited to the boundaries of a certain time and space, we often take refuge in our imagination to construct identities, folklores and mythologies that can be as poetic as they are literally realistic or unrealistic. We still don't know what unites us or why we are here. Perhaps if we found out we wouldn't be here any more, so all we have left is our imagination. And there's nothing more imaginary and powerful than sound, that invisible matter that is constantly travelling through us and on which we unite.

Ficha artística e técnica / Credits:

Flauta / Flute - Clara Saleiro

Harpa / Harp - Angélica Salvi

Percussão e objetos / Percussion and objects - Gustavo Costa

Objetos / Objects - Henrique Fernandes

Eletrónica / Electronics - Tiago Ângelo

Produção / Production - Sonoscopia

Gustavo Costa

Nascido no Porto em 1976, Gustavo Costa concluiu os seus estudos de percussão na Escola Profissional de Música de Espinho em 1998. Licenciou-se em Produção e Tecnologias da Música pela ESMAE em 2002. Prosseguiu depois estudos avançados em bateria no Drumtech Music Institute em Londres e em Sonologia no Conservatório Real de Haia, sob a orientação de conceituados mentores como Konrad Boehmer e Clarence Barlow. Em 2010, obteve o grau de Mestre em Composição e Teoria Musical pela ESMAE.

Como músico e compositor versátil, tem deixado a sua marca em vários géneros musicais, desde o rock underground à música electroacústica. As suas colaborações abrangem um vasto espetro, incluindo artistas notáveis como Damo Suzuki, Steve Mackay e John Zorn. Com uma carreira que o levou a percorrer 19 países europeus, os EUA, o Líbano e o Japão, as suas obras foram publicadas por editoras discográficas de renome. Obteve o 1º prémio no concurso de composição electroacústica Música Viva 2000, promovido pela Miso Music. Atualmente, frequenta o programa de doutoramento em Media Digitais na FEUP do Porto.

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Clara Saleiro

Clara Saleiro é uma flautista especializada na interpretação de música contemporânea que adora as experiências novas e desafios que a música lhe proporciona constantemente.Interessa-se pelo processo criativo na construção de obras e espectáculos; pela interacção entre intérprete e compositor, entre a música e outras áreas artísticas; pela simbiose com a música electrónica e as tecnologias digitais; pela interpretação de música notada e pela improvisação.

Como membro fundador de Noviga Projekto (AT), bem como flautista dos ensembles Vertixe Sonora (ES), Barcelona Modern (ES), ECPV (PT) e SUPERNOVA (PT), estreia todos os anos dezenas de obras de compositores com quem trabalha directamente e participa regularmente em festivais internacionais de música.

Clara Saleiro é convidada a colaborar regularmente com diferentes ensembles, orquestras e em variadas formações de câmara, que abrangem desde repertório clássico ao contemporâneo, bem como com grupos de música exploratória e improvisada.Iniciou os estudos musicais na Academia de Música S. Pio X de Vila do Conde. O seu percurso académico segue-se por instituições como a Artave, ANSO - Metropolitana, Universidade de Aveiro e Royal Academy of Music, em Londres. Especializou-se em música contemporânea no estúdio particular de Stephanie Wagner (Remix Ensemble); na Kunstuniversität Graz, na Áustria, onde realizou uma pós-graduação com o Klangforum Wien; e na Lucerne Festival Academy, na Suiça, sendo membro da Lucerne Festival Contemporary Orchestra. Frequentou o curso de improvisação da Interferência.

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Angélica Salvi

Angélica Salvi é uma harpista, compositora e artista sonora espanhola, radicada no Porto desde 2011. Possui uma extensa carreira artística durante a qual trabalhou com compositores como Takayuki Ray, Joseph Waters, Heiner Goebbels, Stephen Andrew Taylor e também com músicos improvisadores como Butch Morris, Evan Parker, Joëlle Léandre e Han Bennink.

Depois de se licenciar no Conservatório Real de Madrid, Angélica prosseguiu os seus estudos na Universidade do Arizona (Estados Unidos) e no Conservatório de Música de Haia (Países Baixos), onde concluiu dois mestrados especializados em improvisação, música contemporânea e eletroacústica.

Como harpista profissional, colaborou em inúmeras ocasiões com várias orquestras sinfónicas e conjuntos de todo o mundo. O seu primeiro álbum a solo “Phantone” foi apresentado em festivais de música como o Boom Festival, Waking Life, La Terraza Magnética, Cistermúsica, Super Bock em Stock, FMM Sines, Tremor ou Jazz em Agosto.

Ao longo dos últimos 10 anos, mergulhou no mundo da eletrónica ao vivo e participou em múltiplos projetos no campo da música experimental, artes visuais, dança e teatro, organizados por grupos como Sonoscopia, Balleteatro, Oficina Arara, Crónica Eletrónica, Teatro de Ferro e Vertixe Sonora Ensemble. Membro fundador do FMFX (Female Effects Collective), Angélica tem criado projetos multidisciplinares como “Harpoemacto”, “Nooito”, “Transcendecia and Delirium” e “Invisible Landscapes”. Atualmente é professora de harpa no Conservatório de Música do Porto.

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Tiago Ângelo

Tiago Ângelo é um compositor, artista sonoro e creative coder cujo trabalho se debruça sobre a intersecção entre música e tecnologia, abrangendo o desenvolvimento de novos instrumentos e interfaces musicais, composição e media interactivos para instalações sonoras e teatro.Estudou no Conservatório de Música de Coimbra e licenciou-se em Música Electrónica e Produção Musical na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco. Terminado, em 2012, o Mestrado Multimédia, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, no perfil de Sound Design e Música Interactiva.Actualmente é membro da Digitópia – Serviço Educativo da Casa da Música, Sonoscopia – Associação Cultural, e D.E.M.O. (Dispositivo Experimental Multidisciplinar e Orgânico) – Associação Cultural. Tem também trabalhado com outras companhias e associações como Radar360°, Circulando e SOOPA Colectivo.

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Henrique Fernandes

Formado em contrabaixo pela Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo, Henrique Fernandes desenvolve uma atividade paralela à sua formação clássica nas áreas da improvisação e da música experimental. Foi um dos mais dinâmicos impulsionadores do desenvolvimento da cena portuense a partir da transição do milénio, colaborando e tocando com inúmeros improvisadores e formações como Mécanosphère, Stealing Orchestra, Três Tristes Tigres, Estilhaços, John Zorn’s Cobra, Damo Suzuki ou Fritz Hauser. 

Nos últimos anos, concentra o seu trabalho na construção de novos instrumentos e na criação de obras sonoras que desenvolve coletivamente com a Sonoscopia, associação da qual é membro fundador e com a qual se apresentou em vários países europeus, América do Sul e Emirados Árabes Unidos. Como criador, foca-se no detalhe sónico dos objetos e dos materiais, desenvolvendo obras onde o som é reforçado por uma forte componente visual. Nesta área, destacam-se as peças para todas as infâncias “INsono” e “Futurina”, a exploração luminosa e eletromagnética “Draper Point” ou a imersão subaquática “Sublumia”.

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