Dificilmente se fala de música em Portugal nos últimos 40 anos sem falar das contribuições de Miguel Pedro, principalmente por meio dos incontornáveis Mão Morta. Essa, contudo, não será uma ideia suficientemente ampla para descrever o seu portento criativo, nem a forma como atualmente se traduz em música eletrónica, tanto em tentos a solo, como com o duo com Inês Malheiro, Fura Olhos, ou mesmo na criação para outras expressões, como para teatro e dança. O espectro por onde se move Miguel Pedro é demasiado amplo para domar expectativas — sabemos que o âmago da sua atuação vai estar na criação eletrónica, mas nem por isso é possível prever o quão experimental este será. E esta ideia agrada-nos imensamente.
It's hard to talk about music in Portugal over the past 40 years without mentioning the contributions of Miguel Pedro, especially through the iconic Mão Morta. However, that wouldn't be a broad enough idea to describe his immense creative force, nor the way it currently translates into electronic music, whether in solo projects, his duo with Inês Malheiro, Fura Olhos, or even in works for other forms, like theater and dance. The spectrum in which Miguel Pedro operates is too vast to tame expectations — we know that the core of his performance will be rooted in electronic creation, but it’s impossible to predict just how experimental it will be. And we find that idea immensely appealing.
Miguel Pedro - Eletrónica e guitarra Chaos / Electronic and guitar Chaos
Jorge Coelho - Guitarra / Guitar
Constança Soutinho - Visuais / Visuals
Miguel Pedro nasceu em Braga, a 16 de setembro de 1965. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e em Filosofia pela Universidade Católica Portuguesa, Miguel é um dos fundadores do grupo de rock português Mão Morta (1984), juntamente com Adolfo Luxúria Canibal e Joaquim Pinto. Além de Mão Morta, fundou, tocou e produziu várias outras bandas independentes portuguesas. É um dos fundadores da editora Cobra. Fez parte da equipa artística que escreveu e produziu o espetáculo “Então ficamos,” para o encerramento da Capital Europeia da Cultura, Guimarães 2012.
Jorge Coelho é um guitarrista português que iniciou o seu percurso musical no iniciou no final da década de 80. A sua jornada musical abrange uma variedade de projetos, desde os primeiros dias com os Cosmic City Blues até colaborações com artistas como Alexandre Soares e Adolfo Luxúria Canibal. Coelho fundou a banda instrumental TORTO e realizou uma série de álbuns solo e colaborativos, sendo o mais recente "3 Coisas de um Poema Sobre a Vontade".
O seu trabalho musical abraça uma ampla gama de influências, desde o blues até à improvisação livre, refletindo a sua busca constante por novas formas de expressão. Com uma mistura cativante de composições originais e uma abordagem distinta à guitarra, continua a desafiar as fronteiras da música contemporânea em Portugal.